sexta-feira, 9 de outubro de 2009


Não é estranho reencontrar uma pessoa que foi muito importante pra você e nada sentir além de uma nostalgia boa, de uma paixão que existiu e morreu, assim, com o tempo? Só posso chamar de paixão esse "amor" que a gente jura que sente mas que depois é substituído facilmente por outro ou vira fumaça, conforme os anos passam e as pessoas não se encontram mais. O famoso frio na espinha não acontece, as mãos geladas, a voz travada. Tudo que te tornava uma retardada em frente à pessoa não acontece e você pode ser, finalmente, você mesmo. Meus "grandes amores" sempre foram assim: duraram temporadas e depois morreram ou surgiu um "outro grande amor" que tomou seu lugar. Por isso acho que foram paixões, eternas enquanto duraram, claro, mas tão pouco concretas, agora vistas de fora, que dá até medo jurar o amor eterno, apostar numa vida inteira e correr o risco de estar enganada. Por isso acho que nunca amei de verdade e também não sei se vou amar. Pode ser que a gente passe a vida toda sem conhecer um grande amor. O destino nem sempre faz com que as pessoas se encontrem. Mas eu já presenciei amores verdadeiros, até que a morte os separasse. Será que o destino me reserva um amor que não morra?

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