
Sempre gostei de observar as figuras urbanas. É impressionante a diferença entre as pessoas. Faz com que a gente olhe pra si mesmo e se reconheça nas outras ou não. É como uma verificação de "a qual grupo de pessoas pertenço"; porque a gente sempre pertence a um grupo, é inevitável quando se vive em sociedade. Estava esperando uma amiga na saída do metrô Consolação e o tanto de gente que passava ali era impressionante. Tinha de tudo, desde mendigo até aqueles grupos de Emo. Tinha um cara com chapéu de capitão de navio pirata e outro maluco parecidíssimo com o Christopher Lloyd, atrás de um balcão improvisado na rua, vendendo ingressos pra sua peça de teatro. Várias pessoas que esperavam por alguém também, outras já acompanhadas, homens com homens, mulheres com mulheres, manifestações explícitas de amor. Entravam e saíam da estação e nem sabiam que estavam sendo tão analisadas. Anônimos que se destacavam aos meus olhos no meio da multidão. E depois sumiam. Simplesmente.
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