segunda-feira, 13 de abril de 2009

1 semana sem tecnologia

Estava lendo outro dia uma matéria dessas numa revista de salão de cabeleireiro. Jovens que se dispuseram a ficar 1 semana sem celular, orkut e MSN. A experiência comprovava algo terrível: o tempo com as pessoas mais próximas está sendo perdido enquanto se fica em frente à tela do computador e os jovens estão completamente viciados nestes aplicativos que, na verdade, não servem para nada. Um dos jovens disse que deixaria de sair porque os amigos não o encontrariam; deixariam convites no orkut e no celular que ele não poderia ver.
Pensei em mim na mesma situação. Acho que tirar o celular é o mais problemático. Por mais que eu tenha o nome de todo mundo numa agenda "de verdade" e possa usar um telefone comum, estar por aí sem o "poder" de comunicação dá uma insegurança muito grande. Os pais estão dando celular aos filhos para poder encontrá-los no colégio quando necessário. Engraçado que há alguns poucos anos atrás, pais que quisessem falar com os filhos ligavam na escola e mandavam chamar a criança. Também ligavam na casa dos amiguinhos pra verificar onde o filho estava e perguntar à outra mãe onde tinham ido. Esperavam pacientes os filhos chegarem sem achar que, porque o celular toca e não atende, foram assaltados, seqüestrados ou coisa pior.
Já ficar sem orkut- e daí se entende os "genéricos" facebook, hi5, sonico, etc.- e MSN pode parecer fácil mas não é. É divertido mandar recados, scraps, pokear os amigos. Fazer o quê? E os quiz do facebook então? Viciantes ao extremo. Sobrou um tempo, o que você acessa? A Folha de São Paulo? Não! Divertimento, que vai desde o horóscopo e blogs até nosso super amigo MSN. Papear com os amigos sem gastar telefone é o melhor. E saber as fofocas?
Não vou me submeter ao teste porque desde já afirmo: é difícil. Quando a tecnologia bate às nossas portas, você a convida para entrar e depois ela fica morando na sua casa. Inevitável. E mandá-la embora da sua vida pode ser doloroso. Tem gente, no entanto, que consegue. Tem os que nem deixam ela passar da porta. Bom, talvez sejam esses os mais felizes, não?

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