
O.k., confesso, chorei horrores com o último capítulo de "Viver a Vida", que durou umas 2hs. Manoel Carlos deixou tudo pra acontecer num só capítulo, então cada cena durava 2min. e resolvia a vida dos personagens. Não fiquei sensibilizada com toda a estória da moça bonita que fica tetraplégica. Fato é que, se Alinne Moraes fosse feia, não tivesse futuro, ninguém ligava! No final, a personagem Luciana "desfila", sim, "desfila" numa cadeira de rodas. Patético pra não dizer triste! Assim como o pai entrando na capela empurrando a cadeira no seu casamento, capítulos atrás. Uns dizem que, sim, o deficiente não deve "deixar de viver" devido às suas limitações. Outros acham que eles fazem mais que os outros como uma afirmação a si mesmos de que são capazes de realizar as mesmas coisas apesar da deficiência. Na minha opinião, é deprimente uma noiva na cadeira de rodas; não que ela não deva casar, mas a situação mudou, toda aquela magia e encanto do casório se quebram com aquela moça mal podendo exibir seu vestido, forçando uma alegria "normal", forjando uma situação normal que, desculpe, Manoel Carlos, não é! E, ao final, não, não foi Joseph Climber, mas outro depoimento à mesma altura, sinto dizer. Emocionante? Sim! Mas eu acho que a gente chora mais por todas as desgraças do mundo caindo sobre uma só pessoa que por sua suposta superação. Pra quem não viu, ainda tem reprise hoje. E pra quem não conhece Climber, procura lá no Youtube, vale a pena!